segunda-feira, 16 de abril de 2012

Poema Para Mim Mesmo




Rio ensinava o caminho do mar.
Não segui o exemplo do rio
E voltei.
Máquina cansada esforçava-se
Para cumprir seu dever.
Poeira entra pela janela
E dá bom-dia
E diz que eu volte.
Mato que me viu menino
Me viu
E ficou com pena,
Depois rui-se em flores amarelas
E acenou-me pelo vento.
Árvores não acreditaram
E esfregaram os olhos.
Amor buscou lembranças de eu-menino
E fez minha decisão.

Todos sabiam...
Na verdade, todos sabiam
Que um futuro de cacto estava adiante,
Um futuro de cacto
Em espinhos defendendo-se.


Pedro Raimundo



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